sábado, 17 de agosto de 2013

Trottamondos relata suas aventuras por meio do cinema

Cineasta Gilberto Trottamondos, a esposa e a filha durante as gravações do filme "A Caminho do Pacífico"

Gilberto Trottamondos viaja pelo mundo em sua bicicleta desde 1980. Segundo ele, já pedalou cerca de meio milhão de quilômetros por 142 países. Em 2006, começou a se dedicar ao cinema por incentivo de Adalberto Queiroz, quando ganhou vários prêmios em festivais com o documentário 'Pedalando pelo mundo'.

Trottamondos gosta de abordar suas aventuras e a história do Acre. O cineasta já fez dez filmes entre eles 'De volta as raízes', 'Trottamondos e as filhas do bruxo', 'A caminho do Pacífico', 'Migração cearense no Acre', e documentários como 'Rio Branco – 130 anos de lutas e progresso'. Atualmente está produzindo 'As filhas do coronel'.

O cineasta conta que o principal desafio para fazer cinema no Acre é financeiro, o que dificulta em conseguir atores para as suas produções. “Eu faço um contrato de compromisso, onde o ator se compromete a participar das filmagens. Então, o que acontece, para esses atores, como não somos ricos, não temos condições financeiras, então eu pago por dia de filmagem, cinco cópias dos filmes, isso quando o filme for editado”.

Para ele, algumas pessoas tem vontade de aparecer, fazer filmes, mas com o tempo percebem que não é exatamente o que esperavam e acabam desistindo. “A gente começa fazendo um filme com uma atriz ou ator e de repente, no meio do filme, essa pessoa desiste. Para não estragar o filme, eu mato o personagem, invento outro e dessa maneira eu concluo os meus filmes”.

Os locais de filmagem são diversos e compreendem outros estados e países. O filme 'Migração cearense no Acre teve como locações as  cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Quixadá, Mangabeira, localizados no Ceará. Algumas cenas foram filmadas no Parque Chico Mendes e outras no Horto Florestal.

Os equipamentos ainda são muito simples. “O equipamento que a gente fez filme são câmeras muito amadoras, de uma qualidade muito simples. Cada produtor tem sua própria câmera, como por exemplo, esse filme que eu tô fazendo, estou fazendo com a minha câmera fotográfica, uma FXD Yashica, que não é uma filmadora”.
 
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